sábado, 29 de junho de 2013

Há 30 anos, Brizola já concedia passe livre no Rio

A concretização da proposta do passe livre para estudanrtes, como ecoam as manifestações de rua por todo o país, poderá ser bem mais simples, se os governos e prefeituras observarem a experiência de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro, adotada há quase 30 anos. Aconteceu logo depois que assumiu pela primeira vez o Palácio Guanabara, em 1983, quando ele também iniciou seu programa de educação integral, os CIEPs, empolgando todo um país que então reencontrava a democracia.
Como foi feita? Brizola, pura e simplesmente, determinou, através de decreto, que os estudantes uniformizados tinham passe livre em qualquer cidade do Estado. Os alunos não precisavam sequer mostrar a carteirinha, pois o uniforme escolar já constituía uma prova em si de sua condição. "Houve alguma chiadeira, mas nenhuma empresa, de ônibus quebrou por causa disso", lembra hoje o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que foi depois secretário dos Transportes da prefeitura do Rio de Janeiro. Lupi reconhece que, nos dias atuais, a situação é mais complexa porque a maioria dos estudantes já não usa uniforme, mas nem por isso se torna inviável já que, com a internet, é fácoil cadastrar e emitir comprovantes estudantis.
Lupi ainda lembrou a necessidade dos governantes, sobretudo estaduais e locais, a terem uma visão antecipada dos problemas da população, como o fez Brizola, há 30 anos, que não precisou ser empurrado por manifestação nem de quebra-quebra para instituir o passe livre e outras realizações importantes, como os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública). Nestes centros com capacidade para mil alunos, dos quais mais de 500 foram construídos nos dois mandatos de Brizola no Rio (1983-1986 e 1990-1993), o aluno chegava à escola às sete horas da manhã e só saía às cinco da tarde, de banho tomado e depois de ter aulas regulares, deveres de casa assistidos e atividade extracurrilar como esportes, dança, música, lingua estrangeira etc.
Veja o vídeo do CIEP
Nove anos sem Brizola
O que Brizola diria destas manifestações
O problema foi que os CIEPs sofreram uma campanha tão violenta por parte dos meios de comunciação, que não conseguiram perdurar nas administrações que sucederam Brizola. Estas, pressionadas por aquelas forças poderosas, praticamente abandonaram o projeto, que hoje se revela cada vez mais imprescindível, tanto do ponto de vista social como para o desenvolvimento integral do país.
- É o caso de se perguntar, porque essas forças hoje,que dizem apoiar os manifestantes que ganham as ruas, não fazem uma autocrítica e assuma a defesa do passe livre e da educação integral? O Brizola provou que elas são propostas viáveis - concluiu o presidente do PDT.

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